Rodadas Técnicas em três regiões verificam incidência de ferrugem asiática em soja guaxa

Rodadas Técnicas em três regiões verificam incidência de ferrugem asiática em soja guaxa

Ascom Aprosoja

As rodadas técnicas realizadas pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), nos meses de junho e julho, verificaram a incidência de ferrugem asiática em soja guaxa (soja voluntária) em meio a algumas culturas das regiões Oeste, Norte e parte da Sul.
 
As avaliações foram feitas pelo PhD em Fitopatologia e consultor da Aprosoja, Dr. José Tadashi, e pelo analista técnico da associação, Eduardo Vaz. Esta é a segunda rodada técnica realizada neste ano. A primeira ocorreu em janeiro e fevereiro. 
 
“Na Região Oeste havia bastante soja guaxa no girassol e na cotralária e, de forma mais moderada, no milheto. No caso da Região Sul, fomos até Primavera do Leste. Durante o percurso não foi encontrada soja voluntária, com exceção do perímetro urbano. Aproveitamos as rodadas também para debater juntos aos Sindicato Rurais locais impasses técnicos de sanidade da soja, como vazio sanitário e fungicidas”, lembra Vaz. 
 
Em comparação aos anos anteriores, José Tadashi avaliou que houve avanços na limpeza de soja guaxa na Região Norte, principalmente na BR-163. A rodovia atualmente é gerenciada pela concessionária Rota do Oeste. De Sorriso até Sinop, também na BR-163, no entanto, foi verificada a presença de soja guaxa com esporos viáveis nas imediações do perímetro urbano. 
 
Ainda no Norte, o fitopatologista e o analista técnico verificaram, na MT-220, infestação de daninhas aliadas a soja voluntária. “Na MT- 423, sentido Cláudia, foi constatada soja voluntária em crotalária e também alta severidade de ferrugem asiática com esporos viáveis, o que causa preocupação em relação a defesa sanitária do Estado, visto a ponte verde da cultura, fato que intensifica o uso dos poucos fungicidas ainda eficientes ao controle da doença”, explica José Tadashi.
 
Para o produtor de Sorriso, Rodrigo Pozzobon, a rodada técnica foi fundamental. “A vinda do Tadashi foi importante para esclarecer nossa preocupação em relação à resistência dos fungicidas existentes no mercado hoje. Com o Tadashi, pudemos diferenciar dois problemas muito próximos, o vazio sanitário e a soja segunda safra. Outro ponto importante é a questão dos fungicidas, a resistência que eles estão sofrendo por parte dos fungos com a intensificação do seu uso nas lavouras”, diz. 
 
Vazio Sanitário – A fiscalização do Indea devido ao Vazio Sanitário, que começou no dia primeiro de junho e vai até 15 de setembro, também foi tema da rodada técnica na Região Oeste. “Tivemos esse foco porque os produtores estavam recebendo muitas notificações do Indea, parte delas devido a impasses técnicos pelos produtores não terem produtos para combater a soja guaxa. Nós conseguimos reunir tanto fiscais do Indea como produtores e lideranças , informar e orientar como proceder mediante as autuações. Foi bastante positivo”, avalia Vaz. 
 
Rodadas Técnicas – A Aprosoja realiza anualmente as rodadas técnicas no campo, com o objetivo principal de verificar a incidência de pragas e doenças. As visitas atendem a demandas dos produtores rurais e sempre são realizadas com acompanhamento de pesquisadores. 
 
A consequência imediata das avaliações é que os relatórios são levados para a Comissão de Defesa Agrícola e Diretoria da associação, que geram ações efetivas no campo.  
 

Isa Sousa

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