Mais de 130 estudantes descobrem o que pode ser produzido com a soja e milho

O projeto Futuro Em Campo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), resolveu inovar. Na manhã desta quarta-feira (08.05), agricultores mostraram dentro da Escola Municipal Rui Barbosa de Sorriso como é a vida no campo, diferente de como acontece com frequência, que as crianças fazem expedição em fazendas. 

Na escola, 138 estudantes, do 5º e 6º ano respectivamente, conseguiram ver o que pode ser industrializado a partir da soja e do milho. A estudante do 6º ano da escola, Anny Sophie, se surpreendeu com o que pode ser feito a partir da oleaginosa e do cereal. 

Em indústrias, o milho pode ser usado para fazer quirera, farelos, óleo e até farinha integral. O que mais alavanca a economia brasileira a partir do cereal é o etanol, já que no país, de acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), são produzidos mais de 6 bilhões de litros do combustível. 

Com a soja também não é diferente, pois muito pode ser produzido a partir dela, como a carne de soja, leite de soja, queijo de soja, doces, óleo e rações animais.

 “A gente descobriu que a soja e o milho ajudam a manter nossa economia. Também aprendemos sobre o manejo sustentável e também sobre a tecnologia no agronegócio. Sobre o milho, a gente pode usar ele em diferentes maneiras no dia a dia. A gente viu que não é usado o milho somente na pipoca, com o milho a gente pode fazer ração para animais e também pode ser feito o etanol”, disse Anny.

Segundo a idealizadora do Futuro Em Campo, Daila Dellai Fabris, que também é agricultora, o projeto mostra a realidade da agricultura brasileira, fazendo com que os estudantes se interessem mais pelo agronegócio, podendo ingressar no ramo futuramente.

“No Futuro Em Campo, os agricultores mostram conteúdo da nossa realidade, de como a gente produz com excelência dentro das nossas propriedades. Nós ensinamos o que a gente sabe para essas pessoas, porque é por meio deles que a gente terá grandes profissionais no futuro”, pontuou.

Para o delegado coordenador do Núcleo da Aprosoja-MT em Sorriso, Adalberto Grando, o projeto também mostra aos professores como a agricultura brasileira é sustentável.

“A gente precisa colocar os professores em nosso contexto, porque ele passa 200 dias do ano com a criança. Então, se nós não convencermos os professores de que estamos fazendo boas práticas no campo e com sustentabilidade, dificilmente a gente vai conseguir convencer os estudantes também”, finalizou.