Infestação baixa e custo de controle alto
Infestação baixa e custo de controle alto
Os produtores rurais da região de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde estão conseguindo controlar a mosca branca nas lavouras de soja nesta safra. Porém, a praga vem sendo um desafio dentro do manejo da fitossanidade das lavouras, aumentando o número de aplicações de produtos, o que está elevando o custo de produção. Esta foi a conclusão da rodada técnica realizada na sexta (13) pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
O entomologista da Embrapa Agrossilvipastoril, Rafael Pitta, observou que nesta safra não há tanta perda de produtividade, porém há “a utilização de muitos produtos para o controle do inseto com níveis de controle muito rigorosos, elevando o custo do inseticida para mosca branca para 3 a 4 sacas por hectare”, afirma.
Durante a rodada, foi verificado que a época de controle está antecipada, o que resulta em um número maior de aplicações. “Ou seja, as infestações ficam baixas, porém o custo de controle é alto”, diz Pitta.
A fitopatologista da Embrapa Agrossilvipastorial, Dulândula Wruck, verificou as doenças existentes nas lavouras de soja da região. “Essa safra está surpreendendo de maneira geral, há poucas doenças. Porém, o produtor não pode relaxar”, afirma. A pesquisadora percebeu também que houve pulverizações desnecessárias. “Se o agricultor estiver presente e atento, não precisa utilizar tantas aplicações”, finalizou.
Há, entretanto, muita fitoxidez, que é o efeito causado nas plantas por algumas substâncias que prejudicam seu desenvolvimento. A pesquisadora verificou mancha alvo e alguns ouviu relatos de antracnose.
O vice-coordenador da comissão de Defesa Agrícola, Alexandre Schenkel, reforçou que é importante o agricultor fazer o manejo integrado de pragas e doenças na propriedade e ter a assessoria de um engenheiro agrônomo. “A mosca branca tem particularidades de manejo e um profissional qualificado e treinado é de extrema importância para a tomada de decisão. O agrônomo auxiliará a implementar diferentes estratégias para o manejo das doenças”, ressaltou.
Mais de 70 produtores rurais, técnicos e consultores participaram da rodada técnica, além de estudantes de Agronomia da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat).
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