As pragas atuais nas lavouras e o seu impacto na economia foram o tema do painel “Impactos econômicos da entrada de novas pragas”, debatido durante o Seminário Internacional de Ameaças Fitossanitárias, em São Paulo. O diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Nery Ribas, participou das discussões.

“Foi um debate interessante, pois pude explicar que especialmente em Mato Grosso sentimos o efeito dominó: quando há prejuízos nas lavouras por causa de pragas e outros fatores, há prejuízo nas economias das cidades produtoras”, diz. Participaram também Silvia Miranda (USP), Eduardo Daher (Andef), Gutemberg Barone Nojosa (Mapa), Moacyr Fernandes (Ibraf).

O evento discutiu as novas pragas existentes no Brasil e apontou medidas que devem ser tomadas para melhorar a vigilância internacional, bem como aumentar a capacidade de detecção e resposta diante de invasões biológicas.

“A ferrugem asiática, que existe desde 2001, já causou prejuízos de mais de US$ 20 bilhões”, explicou Ribas. O diretor técnico também ressaltou a entrada de duas novas pragas no País que precisam ser monitoradas: o Amaranthus palmeri e a soja louca 2, que é causada por um nematoide aéreo.  “Podem causar um impacto importante, com aumento no custo de produção e diminuição na produtividade”, afirma Nery Ribas.

O evento foi realizado pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), em parceria com a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e o Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e organizado pela Agropec Consultoria.