Prêmio Desafio de Máxima Produtividade deve “provocar” produtor

Prêmio Desafio de Máxima Produtividade deve “provocar” produtor

Felipe Barros

O ano atípico pelo qual o Brasil passou durante a safra de soja 2015/16 não pode ser fator de intimidação aos produtores rurais quando o assunto é produtividade. A análise é do diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e também presidente do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), Luiz Nery Ribas. 
 
No dia 29 de junho, o CESB apresentará em Maringá (PR) os vencedores do prêmio “Desafio de Máxima Produtividade da Soja”. No total, a entidade premia cinco categorias, divididas nas regiões Norte, Sul, Nordeste, Centro-Oeste e também na categoria área irrigada. 
 
A premiação ocorre desde a safra 2008/2009 e, desde então, a produtividade deu um salto: passou de 82,8 sacas por hectare, para 142 sacas por hectare, na safra 2014/2015. A expectativa, neste ano, é que a média de produtividade alcance mais de 110 sacas por hectare. A regressão, no entanto, não é vista com maus olhos. 
 
“É inegável que de forma geral, em todo país, o clima foi o responsável pela queda na produtividade. Um levantamento divulgado aponta que a produtividade nacional será 2,3% menor. Esse índice se deve ao excesso de chuvas durante a colheita, no Sul, e a seca, no Centro-Oeste e na região Matopiba. Isso não quer dizer que a máxima produtividade seja ruim. Muito pelo contrário. É excelente, diante de um desafio incontrolável, como o clima”, explica. 
 
Ribas, inclusive, vai além. “Nossos produtores precisam entender que colher acima de 110 sacas por hectare não é um número impossível de se chegar. É muito viável. Nós temos genética, conhecimento de manejo do sistema produtivo e das boas práticas agrícolas. Tudo isso converge para uma alta produtividade”, afirma. 
 
Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produtividade média na safra 2014/2015 foi de 52,89 sacas por hectare. O número é maior que as duas safras anteriores, de 49,83 (2012/13) e 51,93 (2013/14). Neste ano, o clima fez com que a média ficasse em 49,79. 
 
“Olhando estes dados e a média de produtividade dos vencedores do prêmio do CESB é que insisto na tecla que a premiação é provocativa. Veja, mesmo em um ano atípico, a produtividade chegar a 110 sacas mostra que todos os produtores são capazes. Todos são capazes e têm condições de atingir bons números”, avalia Ribas. 
 
Premiação – Neste ano, o prêmio “Desafio de Máxima Produtividade da Soja” recebeu 4.400 agricultores inscritos. Destes, 1.674 são do Paraná, seguidos por Rio Grande do Sul (1.264), Mato Grosso do Sul (308), Mato Grosso (249), Goiás (240) e outros 14 estados. Foram 799 municípios. A premiação será em Maringá (PR), no dia 29 de junho. 
 
CESB - O Comitê Estratégico Soja Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, formada desde 2009 por profissionais e pesquisadores de diversas áreas, com o objetivo de utilizar os conhecimentos adquiridos nas suas respectivas carreiras e vivências, em prol da sojicultura brasileira. 
 
Atualmente, o CESB é composto por 19 Membros e 16 entidades patrocinadoras: Syngenta, BASF, Bayer, Jacto, Mosaic, TMG, Stoller, Monsanto, Sementes Adriana, Agrichem, UPL do Brasil, Aprosoja MT, Produquímica, Instituto Phytus, DuPont e Timac Agro.
 

Isa Sousa

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