O Futuro em Campo é uma iniciativa da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), executada pela Coordenação do Núcleo de Campo Novo de Parecis, que busca mostrar a estudantes do ensino fundamental e médio a rotina de uma propriedade rural e como funciona o trabalho desenvolvido pelo produtor desde o plantio até a colheita.

E nesta quinta-feira (25.05), 280 alunos de duas escolas municipais puderam aprofundar seu conhecimento sobre qual a função que o agro desempenha no cotidiano da sociedade visitando o Centro Tecnológico (CTECNO) de Campo Novo do Parecis.

“A gente, como criança, ainda não sabe com o que vai trabalhar, e vir a um lugar como esse ajuda a tomar essa decisão, eu mesmo venho de uma família de produtores e sempre quis trabalhar no campo, e estou muito feliz de estar aqui, de poder ver como é o trabalho dos pesquisadores, o que eles fazem, como tudo funciona; mas o que mais gostei foi ver o milho no pé, que é o mesmo que vira a pipoca que a gente come vendo filme”. O depoimento é de Gabriel Oliveira, de 13 anos, aluno da escola municipal 4 de Julho.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Campo Novo do Parecis, Vagner Herklotz, a atividade fornece informações confiáveis sobre o trabalho no campo e desmistifica noções equivocadas sobre o agronegócio. “O agronegócio é o motor de nossa economia e fornece matéria-prima à diversas indústrias, sem falar que ele leva alimento para as mesas de milhões de brasileiros, mas ainda assim o setor enfrenta desafios com a falta de conhecimento da população sobre como ele realmente funciona, o agro feito por trabalhadores que acordam todos os dias dispostos a manter essa engrenagem funcionando, esse agro que enfrenta desafios climáticos e tantos outros preservando o meio ambiente”.

Com uma comunicação ainda limitada ao próprio público, que já conhece o setor, ações como o “Futuro em Campo’’ pavimentam o caminho para que informações fidedignas sobre o agronegócio cheguem a todos, e um dos meios encontrados para atingir esse objetivo é construir uma ponte com as escolas, de forma que seja possível inserir o agro na rotina escolar.

“Tivemos apoio de todos os envolvidos, do Sindicato Rural a Secretaria Municipal de Educação, então ficamos satisfeitos de concluir um evento que resultou em aprendizado para essas crianças”, destacou o coordenador da Comissão de Defesa Agrícola, Franklin Vaz.

A professora Elizandra Pereira trabalha com alunos do 8º ano. “A educação é o principal caminho para levar conhecimento para estes cidadãos que estão em formação, e saindo daqui eu tenho certeza que eles irão fomentar esse conhecimento em casa, no bairro que vivem, e entre seus amigos”.

Produção de alimentos, agricultura digital, melhoramento genético de plantas e inovações tecnológicas foram apresentadas de forma didática aos alunos. “Essa possibilidade de ensiná-los fora da sala de aula é primordial, aqui eles podem ver a coisa toda acontecendo, isso não tem preço, e a absorção das informações fora do ambiente escolar é muito maior, sem dúvida”, concluiu a educadora.

Vinícius dos Santos também tem 13 anos, assim como seu colega Gabriel, e divide com ele a paixão pelo agro. “Era tudo que eu imaginava, o maquinário, as plantações, ver a soja pequena, girassol, as sementes, eu vou sair daqui muito mais certo de que quero trabalhar nessa área”.

Atividades

A engenheira agrônoma e pesquisadora do CTECNO Parecis, Daniela Basso e o gerente de Relacionamento e Logística da Aprosoja-MT, Evandro Carmo Thiesen, foram alguns dos profissionais que participaram do evento. Palestras e visita a campo, funcionamento de maquinários como colheitadeira e tratores, uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), importância da Aprosoja-MT para o fortalecimento do agro, diferença de cultivares e dinâmica de uma lavoura, incluindo o caminho que grãos como o milho fazem para tornar os saborosos salgadinhos tão desejados pela criançada foram algumas das atividades das quais os alunos participaram.