Estradeiro da Aprosoja verifica situação da BR-364 e ETC’s de Rondônia e Amazonas

Estradeiro da Aprosoja verifica situação da BR-364 e ETC’s de Rondônia e Amazonas

Julian Pereira/Aprosoja

As condições de trafegabilidade da BR-364, no trecho que começa em Cuiabá (MT) e vai até Porto Velho (RO), bem como da BR-319, de Porto Velho até Humaitá (AM), foram consideradas muito boas e, inclusive, acima das expectativas pelas equipes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e do Movimento Pró-Logística,. O levantamento foi feito durante Estradeiro, realizado entre os dias 09 e 14 de agosto. 
 
O Estradeiro é um projeto desenvolvido pelas duas instituições e que, anualmente, percorre as principais rodovias e, quando necessário, ferrovias e hidrovias do país, que são importantes para Mato Grosso. Após cada caravana realizada, um relatório é enviado aos órgãos competentes, como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), o Ministério dos Transportes e a bancada federal de Mato Grosso. 
 
No caso da BR-364, ela é uma das três mais importantes rotas de escoamento do Estado via Arco Norte. A estimativa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) é que, neste ano, sejam escoados 7 milhões de toneladas de soja e milho pela via. Somando-se à BR-364, estão a BR-163 (9 milhões de toneladas) e a BR-158/155 (3 milhões de toneladas). 
 
No total, o grupo da Aprosoja e Movimento Pró-Logística percorreu 3 mil quilômetros. “Saindo de Cuiabá, indo até Porto Velho (RO), pudemos verificar que a rodovia federal está em excelente estado de conservação. Em Rondônia, aliás, está melhor do que esperávamos, já que da última vez estava muito ruim. Em alguns trechos ela já está sendo recuperada, uma vez que foi contratado Crema (Contrato de Restauração e Manutenção) em toda extensão da rodovia, que é um programa do Dnit para conservação, manutenção e recuperação de rodovias. Em outros trechos que não estão muito bons, já existem empresas realizando fresagem e substituição do pavimento”, explicou o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira. 
 
ETC’s - A caravana do Estradeiro também visitou as Estações de Transbordo de Carga (ETC’s) em Humaitá (AM) e Porto Velho. “No caso de Humaitá, a ETC ainda está em construção e terá capacidade de 2 milhões de toneladas. Também visitamos a Amaggi e a Bertolini, ambas em Porto Velho e que somadas têm uma capacidade de 12,5 milhões de toneladas”, afirmou Diogo Rutilli, um dos coordenadores da Comissão de Política Agrícola e Logística da Aprosoja e vice-presidente Oeste. 
 
Ainda, conforme Edeon Vaz Ferreira, as capacidades dessas Estações são excelentes, mas há limitações na região devido ao Rio Madeira. 
 
“A navegação do rio começa em Porto Velho, indo até Itacoatiara (AM). No caminho, no entanto, há alguns trechos com assoreamento, onde é necessária a dragagem, que hoje é um dos principais problemas. Já houve encalhe de barcaças e desencalhá-las leva a prejuízos”, destacou. 
 
Ainda, conforme o diretor do Movimento Pró-Logística, com o rio cheio, é possível realizar comboios de até 40 mil toneladas. Já vazio, consegue-se levar 9 mil toneladas e essa redução acarreta em aumento dos custos da navegação, que são descontados dos produtores rurais. ´
 
“É por isso que fazemos Estradeiros: um dos objetivos é detectar problemas e trazer soluções. Sabemos que o Madeira é um rio complexo, chamado de rio novo, já que muda constantemente o canal de navegação dele e por isso mesmo, é preciso que essas drenagens sejam realizadas. O Dnit já contratou os serviços de dragagem que estão em andamento, mas devido ao descontrole de fluxo de água das hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, ocorreram estes incidentes”, completou Ferreira.
 

Isa Sousa

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