Em cinco anos, Iagro investirá mais de R$ 50 milhões em pesquisas que beneficiam produtor rural
Em cinco anos, Iagro investirá mais de R$ 50 milhões em pesquisas que beneficiam produtor rural
O Instituto Mato-grossense do Agronegócio (Iagro) investirá cerca de R$ 50 milhões em pesquisas agrícolas nos próximos cinco anos. A decisão foi tomada em assembleia dos associados do Instituto no final do ano passado e já está sendo implementada.
Parte dos recursos será aplicada no Centro Tecnológico Aprosoja (Ctecno) Parecis, no município de Campo Novo do Parecis (396 km a noroeste de Cuiabá), que já vem realizando pesquisas há seis anos com ênfase no manejo agrícola em solos arenosos.
Esse, aliás, foi o primeiro grande investimento em pesquisa que o Iagro fez em parceria com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), com a proposta de obter informações que direcionem o correto manejo desse tipo de solo.
“Boa parte da produção agrícola do estado é feita em solos arenosos que, por natureza, são menos produtivos. Diante deste desafio, enxergamos a necessidade de investir em pesquisas que auxiliassem o produtor e hoje já contamos com um histórico de resultados positivos para alavancar a produtividade estadual”, destaca o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore.
Apesar de serem entidades voltadas à organização dos produtores rurais, o Iagro e o antigo Fundo de Apoio à Cultura da Soja (Facs), desde as respectivas criações, vêm priorizando a destinação de recursos para pesquisas, em parcerias com entidades como Fundação Mato Grosso e Embrapa. Além de realizar o projeto Agrocientista, da Aprosoja-MT, que financia bolsas e projetos de pesquisas para alunos de mestrado e doutorado de universidades públicas e privadas.
Neste ano, além dos projetos já destacados, o Iagro, junto com a Aprosoja-MT, já começou mais dois projetos importantes, um no município de Sorriso, voltado para melhoramento genético de soja, e outro em Canarana, onde será instalado o Ctecno Araguaia, também voltado para pesquisas em manejo de solos siltosos.
“O melhoramento genético hoje está concentrado e verticalizado nas mãos das grandes multinacionais. Toda pesquisa, portanto, é bem-vinda. O que buscamos com os Ctecnos Parecis e Araguaia, bem como com o nosso programa de melhoramento, é propiciar ao produtor mais liberdade, opções e independência. O Ctecno do Araguaia, por exemplo, será o primeiro centro de pesquisa no Brasil voltado para solos siltosos, o que significa um grande desafio no seu sistema produtivo e será inédito”, ressalta Cadore.
Além do volume de investimentos, a proposta é ampliar parcerias com entidades de pesquisas que potencializem os resultados para os produtores.
“A pesquisa agrícola demanda grandes investimentos de recursos, sejam financeiros, humanos e científicos. Por vontade dos nossos associados produtores, deliberamos estes investimentos da ordem de mais de R$ 50 milhões para os próximos cinco anos, e estamos abertos, inclusive, para aceitarmos parcerias com outras entidades de pesquisas para estes projetos. Quanto mais conhecimento científico agregado, melhores resultados serão levados para o produtor, e consequentemente, para toda a produção agrícola do estado”, finaliza o presidente da Aprosoja-MT.
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