Aprosoja reforça posicionamento contrário ao tabelamento de frete

Aprosoja reforça posicionamento contrário ao tabelamento de frete

Julian Pereira/Aprosoja

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) reforça seu posicionamento contrário ao tabelamento do frete. A entidade assina, ao lado de outras 39 instituições do setor, uma nota publicada na manhã desta segunda-feira (09) pelo Instituto Pensar Agro (IPA).
 
Conforme o documento, o setor é absolutamente contrário ao tabelamento de frete e demonstra grande indignação com a tentativa de o Governo Federal aprovar a Medida Provisória (MP) 832, que estabelece preço mínimo para o frete rodoviário, por meio de manobras no Congresso Nacional. A Comissão Mista aprovou o texto da MP na última quarta-feira (04). 
 
Ainda, conforme a nota, os números dos impactos do tabelamento já em vigência desde 30 de maio nos índices de inflação são prova contundente do erro que significa esta medida. O IPC Fipe de junho para o setor de alimentação foi de 3,14%, sendo que em abril havia sido negativo em -0,10%. No setor de transportes o IPC em junho foi de 1,01%, tendo sido 0,05% em abril. Já o IPCA-15 do IBGE, trouxe índices de 1,57% e 1,95% para os setores de alimentação e transportes, respectivamente. Lembrando que em abril tais índices foram abaixo de 0,2%. 
 
“Não se pode subestimar tais impactos para o controle inflacionário brasileiro, nem tampouco afirmar, levianamente, que os ajustes inflacionários já ocorreram e são coisa do passado. Considerando que a medida provisória estabelece que os preços serão revisados semestralmente e, não havendo publicação de nova tabela, esta será corrigida para cima pelo IPCA, ficando evidente que o preço do frete terá impacto inflacionário permanente e inercial”, afirma trecho da nota do Ipa. 
 
O texto ainda alerta para a atual safra de milho e para a futura safra de soja, 2018/2019. “O pior ainda está por vir. A safra de grãos 2018/19 precisa ser plantada, por força de um calendário climático, entre setembro e novembro deste ano. Não se faz uma safra de mais de 200 milhões toneladas sem fertilizantes. O tabelamento do frete não só impediu o produtor rural de comprar fertilizantes no calendário correto, como também está impondo custos muito mais altos. A safra a ser colhida em 2019 terá custos de produção muito mais altos, o que pressionará os preços dos alimentos. Além disso, na perspectiva de maiores custos e incapacidade de adquirir o fertilizante necessário, a produção vai cair”.
 
Para ler a nota na íntegra, clique aqui.
 

Isa Sousa

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