O gerente da Comissão de Política Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Frederico Azevedo, esteve presente em reunião realizada nesta semana para discutir sobre Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que será instalada no município de Cáceres. 

 

As Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) são distritos industriais incentivados. As empresas instaladas nestes locais têm a sua produção voltada ao comércio exterior e operam com suspensão de impostos, liberdade cambial e procedimentos administrativos simplificados.

 

O objetivo do encontro era entender os impactos da implantação da ZPE. Para dar início ao debate, o presidente da Administração da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres (AZPEC), Pedro Lacerda, apresentou os próximos passos para a consolidação do projeto. 

 

De acordo com Lacerda, a licença de operação está liberada e, de uma área total de 240 hectares, 24 hectares estarão liberados na primeira fase e as licitações em curso serão para construção das áreas para Receita Federal e outros órgãos, que deverão ocupar inicialmente dois hectares.

 

Entre os pontos positivos, segundo o presidente da AZPEC, a criação de uma Zona de Processamento poderá levar ao munícipio a um novo ciclo de desenvolvimento econômico. 

 

“Por parte da gente, setor produtivo, há um entendimento de que a ZPE pode ser uma potência. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), por exemplo, indicam que uma área de 11 milhões de hectares na faixa de fronteira, pode trazer um grande potencial de industrialização dos produtos e subprodutos gerados pela produção agrícola do estado, além da possibilidade de entrada de insumos importados com preços mais competitivos”, explica Frederico Azevedo.

 

Outro ponto fundamental é que, ao criar a ZPE em Cáceres, a viabilização da Hidrovia do Rio Paraguai estará ainda mais próxima. 

 

“A  ZPE de Cáceres vai ser uma forma de importar matéria-prima, processar e vender em países como Bolívia, Chile, Peru, Equador. Então, esse trabalho que está sendo feito permitirá importar trigo, por exemplo, processar na ZPE e chegar até este mercado. Vejo a Zona de Processamento de Exportação como uma potencializadora da Hidrovia”, avalia o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira. 

 

Participantes – Além da Aprosoja, participaram do evento o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Procuradoria da República, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Agência Brasileira de Informação (Abin), Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e consultores do setor.