Aprosoja-MT participa de Congresso de Aviação Agrícola do Brasil, em Santo Antônio do Leverger
Comissão de Defesa Agrícola da entidade, Jerusa Rech, participou de painel sobre o ganho de produtividade na lavoura com o uso da aviação
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) participou, nesta terça-feira (20), do Congresso da Aviação Agrícola do Brasil e do Mercosul, realizado no aeroporto de Santo Antônio do Leverger. A entidade foi representada pela gerente de Defesa Agrícola, Jerusa Rech. O evento segue até esta quinta-feira (22).
Jerusa participou do painel “Aviação Agrícola e o ganho de produtividade na lavoura”, juntamente com representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAMT). Na ocasião, Jerusa destacou as vantagens da aplicação aérea, principalmente na questão da eficiência de cobertura.
Jerusa lembrou que algumas regiões do estado não possuem uma topografia favorável para a utilização de um pulverizador autopropelido, como no Vale do Araguaia. Além disso, alguns produtores possuem pequenas propriedades que são fragmentadas, distante uma das outras. Ao mesmo tempo, eles precisam acertar a janela ideal de aplicação.
“A aviação agrícola vem para facilitar, ela também reduz a perda por amassamento de plantas. Dependendo do tamanho da área, você tem um percentual de perdas de mais de 10% com a aplicação terrestre. Além disso, a aviação agrícola reduz o tempo necessário para aplicar os tratamentos, otimizando a janela de aplicação”, destaca Jerusa Rech.
Jerusa lembrou também que a maioria dos produtores mato-grossenses são de pequeno e médio porte, mas que eles também fazem o uso dos aviões agrícolas por meio de serviços terceirizados. “Hoje, Mato Grosso tem uma frota muito grande e isso permite que o produtor faça a contratação desse tipo de serviço”, pontua.
Gabriel Colle, diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e do Instituto Brasileiro de Aviação Agrícola (Ibravag), lembra que em MT existem mais de 600 aeronaves agrícolas, a maior frota do Brasil. Além disso, a escolha de Mato Grosso como sede do evento permitiu um aumento de 30% nos expositores, num total de 224 marcas.
Colle projeta que, se o crescimento da agricultura continuar no mesmo ritmo, até 2028, o número de aeronaves poderia aumentar em 440 unidades no Brasil. Se o ritmo de crescimento acelerar, esse número pode dobrar. Ele ainda destaca a alta eficiência, permitindo a atuação em momentos de emergência, quando a aplicação precisa ser em uma janela apertada.
“Nós temos situações que uma aeronave consegue fazer, em uma hora, entre 350 e 400 hectares. Se ela fica 5 horas de trabalhando, dá pra voar 2 mil hectares. Só a título de comparação com o terrestre, e não é para desmerecer, ele vai fazer em torno de 20% disso, ele é bom também, mas aviação tem um diferencial, ela atua em emergência e resolve”, conclui.
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