Fortalecimento Institucional

Vice-presidente da Aprosoja-MT cobra construção de ferrovias e armazéns para impulsionar o agro durante 1º Congresso da

Vice-presidente da Aprosoja-MT cobra construção de ferrovias e armazéns para impulsionar o agro durante 1º Congresso da Abramilho

Abramilho

O vice-Presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, foi um dos painelistas do 1º Congresso Abramilho, realizado em Brasília nesta quarta-feira (17/05), onde realizou uma defesa enfática de uma solução definitiva para o armazenamento de grãos. “Além de ajudar o produtor a equilibrar a precificação do seu produto, evitando oscilações mais fortes nos valores praticados, o armazenamento é uma questão de segurança alimentar, bem como de soberania nacional”, destacou o vice-Presidente durante o evento.

 

Segundo Lucas, Mato Grosso deve produzir aproximadamente 90 milhões de toneladas de grãos este ano, e o déficit de armazenamento estático do estado é de 62 milhões de toneladas. Do total que será produzido, apenas 13 milhões serão armazenados pelos produtores. “Isso faz com que os produtores tenham que vender na hora errada, diminuindo o preço do grão, trazendo outro reflexo negativo: o aumento do custo do frete, além de saturar as rodovias com caminhões para escoar a produção, colocando motoristas e passageiros de veículos menores em risco e causando maior desgaste às rodovias”.

Outro problema enfrentado pelos produtores mato-grossenses se refere ao acesso à energia elétrica. “A rede de energia não chega em muitas localidades, e isso impede a instalação de armazéns em diversas propriedades, causando transtornos e perdas ao produtor”.

Outro ponto abordado pelo vice-presidente da Aprosoja-MT foi a construção de ferrovias. “Todos os poderes, seja Executivo, Legislativo e Judiciário, devem abraçar essa pauta, principalmente a Ferrogrão, que está faz mais de dois anos travada no Supremo Tribunal Federal, e que seria a balizadora do preço do frete no Brasil, pois o custo do transporte nesse modal é um terço menor do que o praticado em rodovia”.

Outro benefício apontado por Lucas com a construção da Ferrogrão é a emissão de carbono, que chega a ser cinco vezes menor que o modal rodoviário, contribuindo significativamente para o meio ambiente. “Em anos como este, onde os preços do milho estão muito baixos, seria ideal que os investimentos feitos em leilões fossem direcionados para a construção de ferrovias, que agregaria mais valor e preço, por consequência tirando o forte fluxo de caminhões das rodovias, além de ajudar no desenvolvimento do norte do estado”.

A implementação de políticas precisas sobre armazenamento também foi abordada pelo vice-presidente da Aprosoja-MT durante o Congresso. “Taxa de juros mais baixos, prazos para pagamento alongados e aumento dos recursos disponibilizados para construção de armazéns são temas que devem ser revistos com urgência para que o produtor consiga conservar sua produção de forma adequada”.

E a falta de armazéns causa um efeito cascata: sem onde estocar, o produtor tem que exportar, encarecendo o produto destinado ao mercado interno, principalmente para os criadores de bovinos e suínos, que pagam mais caro pelo alimento fornecido ao animal, o que faz com que a carne vendida ao consumidor na gôndola do mercado também fique mais cara.

Sustentabilidade

O 2º diretor Administrativo da Aprosoja-MT e coordenador da Comissão de Sustentabilidade, Zilto Donadello, também participou do evento, contribuindo para o debate sobre biológicos e como tornar a agricultura mais sustentável.

Na ocasião, os participantes apresentaram as tendências crescentes no setor agrícola no uso de soluções para o controle de pragas e doenças nas lavouras.

Segundo a Abramilho, o painel contribuiu para discutir as vantagens e os desafios dessa abordagem mais sustentável, além de apresentar as possibilidades de inserção de tecnologias em diferentes contextos de produção.

Felipe Leonel

Assessoria de Comunicação
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