Soja transgênica e proibição de herbicidas são temas de Fórum em Chicago
Soja transgênica e proibição de herbicidas são temas de Fórum em Chicago
A produção de soja transgênica e sua posterior entrada na China foi um dos principais temas discutidos durante os fóruns da International Soybean Growers Alliance (ISGA, Aliança Internacional de Produtores de Soja) e da International Oilseed Producers Dialogue (IOPD, Diálogo Internacional de Produtores de Oleaginosas), em Chicago, nesta semana.
O ISGA contou com representantes do Brasil, Estados Unidos, Argentina, Canadá, Paraguai e Uruguai. Nas discussões do IOPD, além destes países, fizeram parte do encontro representantes da Austrália, Reino Unido, França e Alemanha.
Pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), estiveram nas discussões o diretor executivo da entidade, Wellington Andrade, e o coordenador da Comissão de Defesa Agrícola, Alex Utida.
Além da transgenia, o modelo de aprovação do uso de determinados princípios ativos foi debatido. “Essa foi uma grande discussão nos fóruns porque há uma pressão ambiental para a proibição do uso de alguns produtos e tecnologias que são importantes para a produção de alimentos, mas essa pressão, algumas vezes, acontece sem que haja um embasamento científico para tal”, explica Andrade.
Desafios – Ainda que concorrentes na disputa mercadológica, segundo Alex Utida, os países participantes dos fóruns do ISGA e do IOPD entendem que é necessária a aproximação para entender, discutir e buscar soluções para os principais desafios do setor.
“Existem muitos assuntos de interesses comuns que se forem trabalhados juntos podem trazer benefícios para todas as partes envolvidas. Há o consenso de que um ambiente de negócios mundialmente mais seguro, transparente e com regulamentações mais próximas uma das outras pode trazer benefícios para todos os produtores”.
A relação entre os produtores e a sociedade também foi debatida. “Foi discutido como construir confiança entre a cadeia produtiva e a sociedade de forma que esta entenda melhor como são produzidos os alimentos, rações e as bioenergias. Uma das conclusões é que além do conceito de sustentabilidade, tão debatido nos últimos dez anos, o conceito de transparência será de suma importância para alcançarmos esta confiança”, diz Utida.
Uma das saídas, segundo Wellington Andrade, é mostrar atrelar o agronegócio com sustentabilidade. “Uma das conclusões que chegamos é que essa comunicação tem que ser focada principalmente no fato de que nós produtores de oleaginosas de todos os continentes, produzimos de forma saudável, e sustentável ambiental, social e economicamente. Nós produtores, somos nossos primeiros clientes, pois comemos aquilo que nós mesmos produzimos”.
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