Reunidos na Aliança Internacional de Produtores de Soja (ISGA, na sigla em inglês), Brasil, Estados Unidos, Argentina, Canadá, Uruguai e Paraguai reivindicam que a entrada no mercado de novos eventos de biotecnologia seja sincronizada mundialmente. O assunto foi um dos temas do “Diálogo Estratégico” ocorrido ontem (12) em Pequim, na China. 

 

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), representante do Brasil e uma das fundadoras da ISGA, participou do encontro e destacou a importância desse sincronismo. “Hoje, cada país tem seus prazos. Nosso objetivo é que todos os membros da ISGA consigam começar e finalizar o processo e aprovação de uma nova tecnologia de maneira conjunta, pois o mercado é global, um só”, pondera o presidente da associação, Endrigo Dalcin. 

 

No debate, também estiveram presentes membros da Associação Chinesa da Indústria da Soja e representantes de três estatais chinesas: Beidahuang State Farms, Sinograin e Cofco. As duas últimas são atualmente as maiores compradoras de soja de países participantes da ISGA. A Cofco adquiriu no final de 2014 a Nidera, até então maior trading de agronegócio da Holanda, e também a asiática Noble Group. Essa aquisição fez com que a Cofco se tornasse um player relevante para o Brasil. 

 

Principalmente quando o assunto é compra de soja convencional. “A Cofco adquire soja convencional por um valor até 50% superior ao preço de mercado da soja transgênica, tornando esse segmento mais atrativo para os agricultores mato-grossenses”, destaca o presidente da Aprosoja. 

 

A ISGA foi criada em 2007 e representa produtores de soja e indústrias dos países envolvidos. O encontro realizado na China continua até amanhã e é a segunda parte da viagem da Aprosoja. Na sexta, 8, foi assinado um memorando de entendimento entre Aprosoja, Associação Brasileira de Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove) e China Soybean Industry Association (CSIA), formalizando a entrada da China no programa Soja Plus. Leia mais aqui: http://bit.ly/1NogYP8.