Seminário discute portos do Arco Norte

Seminário discute portos do Arco Norte

Fomentar a discussão sobre os portos brasileiros e levar informações sobre as alternativas de investimentos neste segmento de infraestrutura foram os objetivos do seminário “Setor Portuário: Desafios e Oportunidades”, realizado nesta terça (08), em Cuiabá, pela Secretaria de Portos da Presidência da República, em parceria com a revista Carta Capital.

“A discussão é pertinente, pois a logística atual tira a competitividade dos produtos de Mato Grosso. Os portos do Arco Norte têm mostrado potencial e podem diminuir consideravelmente os custos para exportação de grãos para a China e para países da Europa”, disse Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

O ministro da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, anunciou a licitação de três terminais portuários do estado do Pará – Outeiro, Vila do Conde e Santarém. No total, serão seis áreas que vão expandir a capacidade de movimentação de cargas em 21,6 milhões de toneladas por ano, 20,4 milhões de toneladas de grãos e 1,2 milhão de toneladas de fertilizantes.

“As áreas licitadas estão interligadas com a necessidade logística de escoamento da produção de grãos do Centro Oeste brasileiro. Por isso, é importante o envolvimento dos produtores rurais de Mato Grosso, compreendendo que a consolidação do Arco Norte permite que haja um novo caminho de acesso, o barateamento da produção e a competitividade dos nossos produtos”, afirmou o ministro Barbalho.

No Arco Norte, há as Estações de Transbordo de Cargas (ETC), local onde a carga é retirada do caminhão e colocada em barcaças. Em Porto Velho (RO), a ETC tem capacidade de escoar 2 milhões de toneladas. Em Miritituba (PA), 10,5 milhões de toneladas e ampliação até o final do ano para 16,5 milhões de toneladas de capacidade. Já em Marabá (PA), a capacidade será de 1 milhão de toneladas até o final deste ano.

Em relação aos portos, há Itacoatiara (AM) e Santarém (PA) com capacidade de escoamento de 5 milhões de toneladas cada um, Santana (AP) com 1 milhão de toneladas, Vila do Conde (PA), com capacidade de escoamento de 11 milhões de toneladas e Itaqui (MA), com 9 milhões de toneladas.

Os terminais são importantes para o agronegócio porque a previsão é de que, até 2030, precisem ser escoadas 70 milhões de toneladas de grãos. “As coisas não acontecem da noite para o dia. No Brasil, qualquer porto leva pelo menos 5 anos para sair do papel, entre licenças ambientais, projetos e execução da obra. O projeto que for licitado agora só começará a operar em 2021”, explica Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do Movimento Pró-Logística.

Participaram do evento os senadores Blairo Maggi e Wellington Fagundes, o deputado federal Valtenir Pereira, o vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, o diretor financeiro da Aprosoja e coordenador da comissão de Logística, Antônio Galvan, o diretor executivo da Aprosoja, Wellington Andrade, o presidente da Famato, Rui Prado, o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, entre outras autoridades e técnicos. 

Ascom Aprosoja

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