Produtores rurais de Mato Grosso fazem uma imersão na agricultura americana
Produtores rurais de Mato Grosso fazem uma imersão na agricultura americana
Um grupo de 30 produtores rurais de Mato Grosso está vivendo uma verdadeira imersão na agricultura americana durante o projeto Missão Internacional 2023, organizado pela Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja-MT).
“Quando montamos essa programação, consideramos o que o produtor quer conhecer nos Estados Unidos. É uma troca de informações entre o sistema produtivo brasileiro e norte-americano, afinal, muitas coisas são semelhantes, mas cada um tem as suas peculiaridades”, detalha o diretor-executivo da Aprosoja-MT, Wellington Andrade, responsável por definir as atividades da Missão.
A programação começou na segunda-feira (28), com a visita a CME Group, fundada em 1848 e conhecida como a antiga Bolsa de Chicago, a maior referência mundial do preço de trigo, soja e milho. Depois, o grupo seguiu para a matriz da ADM Group, onde o presidente Greg Morris, explicou como a empresa se tornou a maior exportadora de grãos norte-americana.
“Nós estamos aqui, no centro das negociações de commodities do mundo, principalmente de soja e milho que são as culturas que movem o nosso país e o estado de Mato Grosso. Em 1848, além da fundação da Bolsa foi construído também o canal interligando os lagos com o rio Mississipi. Antes disso, os produtores traziam o milho, o trigo para negociar e era um caos porque tinha muita volatilidade dos preços. A criação da Bolsa de Chicago, permitiu os contratos futuros e trouxe estabilidade para o mercado mundial”, explica Lucas Costa Beber, vice-presidente da Aprosoja-MT.
Na terça-feira (29), a primeira parada foi na Illinois Corn Growers Association (em português, Associação de Produtores de Milho de Illinois). Por meio da defesa de base, o ICGA cria um futuro para os agricultores de Illinois no qual eles podem operar livremente, com responsabilidade e sucesso.
Para cumprir essa missão, a organização realiza atividades de assuntos governamentais em todos os níveis, projetos de desenvolvimento de mercado e programas educacionais e de atendimento aos associados. Como a Lei de Marketing de Milho de Illinois impede o uso de dólares de checkoff de milho para atividades legislativas, o ICGA utiliza as taxas de associação para sustentar uma presença legislativa notável em Springfield, IL, e Washington, DC.
“Foi mostrado para nós como funciona todo o sistema, inclusive o ‘checkoff’, que é como eles chamam a contribuição em centavos por tonelada de milho. Eles têm uma contribuição semelhante a nossa, onde eles atuam, desde a sua fundação, principalmente em políticas para fomentar o consumo do milho”, conta Diego Dallasta, vice-presidente Leste da Aprosoja-MT.
Já durante a tarde, o aprendizado foi na Illinois Soybean Association (Associação de Soja de Illinois), que representa mais de 43 mil produtores dos 45 mil existentes no Estado que é o maior produtor desse grão em solo americano. Depois, foi a vez de visitar uma fazenda e ver o produto de perto.
“Aqui é muito diferente da nossa prática, são duas associações, em separado. Durante as visitas e as palestras que tivemos vimos que os produtores de milho, por exemplo, enfrentam as mesmas dificuldades que nós, no Brasil”, destaca a delegada do Núcleo de Nova Mutum, Katia Cilene de Oliveira Hoepers.
Nessa quarta-feira (30), os produtores estiveram na Universidade de Illinois, que tem um papel importante no desenvolvimento da agricultura americana, como por exemplo, o desenvolvimento da tecnologia voltada para a área. Depois o grupo seguiu para a fazenda Matt Murray para trocarem experiência com os produtores locais. Para hoje, quinta-feira (31), a programação do grupo é visitar a Farm Progress Show, a maior feira dinâmica de tecnologia agrícola do mundo. Nesta sexta-feira (1º), a agenda indica a visita a Planta da ADM e a fazenda Leman.
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