Primeira reunião da Comissão de Defesa Agrícola define temas prioritários para 2018
Primeira reunião da Comissão de Defesa Agrícola define temas prioritários para 2018
A Comissão de Defesa Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) teve sua primeira reunião de 2018 nesta quarta-feira (7), em Cuiabá. Na ocasião, foram debatidos os principais programas e projetos da área e que impactam o dia a dia dos agricultores do Estado.
O primeiro deles foi o Apro Clima, programa criado em 2016, antes com o nome de Clima Campo, com o foco inicial de encaminhar aos associados a previsão climática semanal e previsões mais detalhadas de 15 em 15 dias e de 90 em 90 dias. Para este ano, o programa deve passar por reestruturação.
“A princípio queremos colocar algumas estações meteorológicas em pontos estratégicos do Estado com o objetivo de fazermos captação para banco de dados. Com esse banco de dados posteriormente teremos provas e argumentos junto aos bancos e seguradoras em relação ao Zoneamento Agrícola de Mato Grosso. Mais a frente, o banco de dados também irá auxiliar os produtores quanto ao monitoramento de doenças, programação de plantio e colheita e aplicações de produtos”, explica o coordenador da Comissão de Defesa Agrícola, Lucas Costa Beber.
A segunda pauta foi a classificação de grãos. No dia 31 de janeiro deste ano, a diretoria da Aprosoja esteve com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, para falar do tema. O objetivo da Aprosoja é que sejam definidos, específica e oficialmente, os critérios relativos à classificação.
“O que estamos fazendo junto ao Mapa é buscar uma mudança na legislação que define grão parcialmente fermentado, para totalmente fermentado, por exemplo. Sobre as tabelas de classificação, tivemos demanda na reunião de que elas sejam padrão entre as empresas e, caso não haja essa possibilidade, que as empresas abram suas tabelas para que os produtores tenham liberdade de escolha da melhor para entregar o seu produto”, explica o coordenador.
Terceiro tema na pauta, o Projeto Monitor também terá avanços neste ano. Fruto de uma parceria entre a Aprosoja e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), com o objetivo de combater e punir roubos, furtos e receptação de produtos ilícitos na área rural, especialmente de defensivos agrícolas. “No ano passado fizemos a parceria e iniciamos o disque-denúncia. O que discutimos nesta reunião foi o rastreamento, que será o próximo passo. O objetivo é implantar chips nos defensivos. Ainda neste ano faremos a instalação em algumas propriedades-piloto. Este tema é importante para os produtores rurais, já que influencia na rentabilidade daqueles que foram lesados”, define Lucas Costa Beber.
Outro programa que permanecerá com pesquisas neste ano é o Semente Forte. “Temos feito junto a amostradores oficiais, credenciados pelo Mapa e com cursos de amostragem, a coleta de sementes de soja para avaliar em laboratório a qualidade do grão. O programa verificou que ainda há muito a melhorar, que existem sementes com baixo vigor e baixa germinação e isso reflete diretamente no bolso do produtor. Então é mais um assunto que trata sobre a rentabilidade do produtor”, completou o coordenador.
Vice – Durante a reunião também foi definido o atual conselheiro fiscal Naildo Silva Lopes para ser vice-coordenador da Comissão de Defesa Agrícola. A escolha do nome foi unânime. “As Normas Internas da Aprosoja definem que na primeira reunião de Comissão o vice deve ser eleito. Como nunca havia sido feito, achamos por melhor seguir o rito. A diretoria havia indicado o Naildo e por ser uma pessoa com ampla experiência e respeito dentro de Mato Grosso como consultor e agrônomo, com conhecimento e dedicação na Aprosoja, achamos um nome adequado para estar na Defesa Agrícola”, afirmou o coordenador, Lucas Costa Beber.
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