Mais de 200 produtores rurais participaram de rodadas técnicas realizadas pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) com foco no pós-plantio. Os Núcleos da entidade em Diamantino, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Primavera do Leste receberam palestras e foram a campo com o professor doutor Dejalma Zimmer. 

 

De acordo com ele, o recado de que o produtor precisa entender que uma boa produtividade não depende apenas da qualidade da semente, mas também da semeadura, chegou até o público alvo. 

 

“Houve uma participação muito boa dos produtores e eu entendo que nós conseguimos passar uma mensagem bastante interessante da relação que há entre o sistema de produção, o sistema de plantio, a qualidade das sementes e a produtividade. Isso, obviamente, vai se confirmar no momento da colheita, mas o produtor está ciente de todo esse contexto”, afirma o professor. 

 

No campo, Zimmer conta que a percepção é de que a próxima safra trará bons resultados. “Percebi produtores bastante animados com o ano. Ouvi alguns comentários de que a semente realmente está melhor este ano, o que é bom, mas algo que me preocupou um pouco é que a soja, ao que parece em algumas regiões, está vegetando um pouco demais. A partir do momento que ela fechou a linha, está alongando muito os entrenós. É uma preocupação que eu tenho, obviamente que isso vai depender ainda de questões sanitárias e de pressão”, afirma.

 

Para Zimmer, o alerta é que os produtores mantenham o monitoramento em suas lavouras, com aplicações para controle de doenças em dia, além de doses e intervalos corretos. “Porque com essa vegetação intensiva de plantas, é possível que a pressão sanitária mais à frente possa causar dano”, complementa. 

 

O gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Thiago Moreira, acredita que as rodadas técnicas alcançaram o objetivo. “Para os próximos anos daremos continuidade a esse tipo de evento, atendendo a necessidade de nossos associados”.