Plantio do sorgo é opção para produtor de Mato Grosso

Plantio do sorgo é opção para produtor de Mato Grosso

Divulgação

Uma cultura com custo de produção inferior ao milho e que pode complementar a segunda safra em Mato Grosso. Este é o sorgo, que não é uma novidade no estado, mas voltou a ser pauta durante o I Simpósio de Culturas Alternativas, realizado em Rondonópolis, pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). 
 
As características positivas, segundo o pesquisador melhorista de sorgo do Núcleo de Recursos Genéticos e Obtenção de Cultivares da Embrapa Milho e Sorgo, Flávio Tardin, vão além. 
 
“O sorgo pode ser uma extensão do plantio de safrinha, principalmente por suas características hídricas. Ou seja, o plantio da cultura utiliza menos água, além de sua janela ser maior que a do milho. Isso significa opção ao produtor, que pode, por exemplo, plantar o milho até o dia 20 de fevereiro e o sorgo até 10 de março”, explica.  
 
De acordo com o gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Thiago Moreira, a produtividade e o mercado do sorgo são pontos atrativos, que podem chamar atenção do produtor mato-grossense. 
 
“O sorgo pode chegar a uma produtividade de 100 sacas por hectare e o mercado paga até 90% do valor do milho. Outra característica relevante da cultura é o seu uso na nutrição: na alimentação humana o sorgo auxilia no controle da obesidade, sendo usado em barras de cereal, por exemplo. E ele também pode ser componente em rações de animais”, afirma Moreira. 
 
O plantio, no entanto, ainda é incipiente em Mato Grosso. Dados de 2013 do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), indicam que foram cultivados 61.234 hectares. Para se ter uma ideia, foram cultivados 4,250 milhões de hectares de milho na última safra no estado. 
 
“O sorgo é uma grande alternativa, otimizando e viabilizando também a segunda safra de milho. O produtor não pode e não precisa ter medo de arriscar o plantio. Hoje há bastante pesquisa sobre sorgo e ele é uma cultura que traz benefícios ao solo e aos produtores. Certamente quem tentar tem grandes chances de sucessos e bons resultados”, diz o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas. 
 
 

Isa Sousa

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