Pesquisa é exaltada como principal ferramenta de auxílio aos produtores durante CTECNO Parecis

Pesquisa é exaltada como principal ferramenta de auxílio aos produtores durante CTECNO Parecis

Ednilson Aguiar

O Centro Tecnológico de Campo Novo do Parecis sediou nesta quarta-feira (24) mais uma edição do CTECNO, evento que agrega em um único espaço várias pesquisas desenvolvidas pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
 
Segundo a Comissão de Defesa Agrícola, foram apresentados protocolos de mix de plantas de cobertura em consórcio com o milho, dinâmica do nitrogênio em milho de segunda safra em solos de textura média/arenosa, sistemas de produção e abordagem física para solos arenosos e mistos, além da vitrine de híbridos de milho em épocas de semeadura para um grupo formado por produtores e profissionais que atuam em áreas de interesse do agronegócio.
 
“Aqui eles puderam ver in loco nosso trabalho, tirar dúvidas e discutir com pesquisadores e demais participantes situações reais que ocorrem no campo, tudo com base em protocolos de pesquisa agronômica aplicadas em todas as fases da colheita”, explicou a engenheira agrônoma e pesquisadora do CTecno Parecis, Daniela Basso Facco.
 
Técnicas de correção do solo, mecanização agrícola, manejo de pragas e doenças, adubação e combate a nematoides foram alguns dos temas detalhados para os visitantes. “O futuro da agricultura depende de decisões que passam pela produção e gestão agrícola, e que auxiliam o agricultor em momentos de dificuldade, como o que passamos atualmente”, disse o pesquisador Leandro Zancanaro, um dos principais nomes da pesquisa agrícola do Brasil.
 
“A utilização da tecnologia como principal ferramenta para execução das boas práticas no campo é essencial para que o produtor consiga promover a melhoria de eficiência de elementos, como enxofre, cálcio, magnésio, nitrogênio, fósforo e potássio, e assim aumentar sua produtividade”, complementou.
 
O vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, participou da abertura do evento, e aproveitou para destacar a importância do centro de pesquisa. “Aqui temos uma equipe que trabalha para entregar resultados que vão beneficiar o produtor, e este é o objetivo dos centros de pesquisa, e é importante frisar que são centros independentes, os ensaios são propostos pelos próprios produtores, que chegam aqui com suas demandas, suas dúvidas, os problemas enfrentados em suas propriedades; e essa relação de independência dá credibilidade ao trabalho executado pelos nossos pesquisadores”.
 
Beber lembrou que com as pesquisas é possível oferecer serviços com aplicabilidade, como diagnósticos e alertas de pragas e doenças, dados sobre clima e condições de solo. “Geramos um conjunto de informações para que os produtores tomem suas decisões com eficiência”, explicou Lucas.
 
 
O vice-presidente destacou ainda que a Aprosoja-MT se fortalece com a união dos produtores. “Vocês nos ajudam a conduzir nossas ações, portanto, procurem nossos supervisores, entrem em contato, provoquem a Associação, pois assim conseguimos aprimorar nossos serviços e atender com mais propriedade as demandas do nosso setor”.
 
Para o produtor Renato Beppler, o evento consegue transmitir informações de forma bem clara, que ajudam os agricultores a melhorar a eficiência produtiva. “É como se passássemos por uma capacitação mesmo com toda essa assistência técnica, e saímos daqui sabendo o que pode nos ajudar, o que devemos incorporar na nossa lavoura, quais tecnologias e procedimentos vão nos ajudar no gerenciamento de nossas propriedades”.
 
CTECNO PARECIS
 
O Centro Tecnológico de Campo Novo do Parecis promove procedimentos que auxiliam o produtor na condução da lavoura, permitindo uma visão geral dos sistemas produtivos e orientando o produtor no planejamento e acompanhamento das culturas. Zoneamento, cultivo, adubação, monitoramento, previsão e diagnóstico de culturas como soja e milho são pesquisadas num espaço de 88 hectares, conforme informado pela Comissão de Defesa Agrícola.
 
 
Desses estudos surgem produtos e tecnologias, que transformam o campo. “Investimos em pesquisas que porventura vão modificar os ambientes das propriedades, a forma como cultivar esta ou aquela cultura”, explica a pesquisadora Daniela Facco.
 
É perceptível a modificação proveniente do conhecimento adquirido através das pesquisas. A partir disso, as demandas de produção científica refletem diretamente na sociedade, que acaba por se beneficiar do trabalho realizado em centros de pesquisa como o CTecno.
 
“Vivemos um período difícil de comercialização, daí a necessidade dos produtores buscarem entidades como a Aprosoja-MT, num momento que é importante discutir a pesquisa, por isso eu digo que em momentos de dificuldade, a união realmente faz a força”, concluiu o vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber.

Rodrigo Meloni

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