Defesa Agrícola

MIP é melhor opção contra mosca branca

MIP é melhor opção contra mosca branca

Apesar da preocupação dos agricultores com a presença da mosca branca nas lavouras de soja neste início de ciclo 2016/17, o cenário é de observação e cautela. Antes de colocar a mão no bolso e iniciar o combate químico contra o inseto, o produtor precisa investir um pouco mais do seu tempo com a observação e o monitoramento das plantas.

Essa foi a tônica geral da segunda edição da Rodada Técnica “Mosca Branca” em Nova Mutum, realizada na terça (1º) pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). Com a mediação do doutor em Entomologia Rafael Pitta, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, cerca de 20 agricultores visitaram duas propriedades no município para identificar a presença do inseto e o grau de possível infestação.

Em uma das propriedades visitadas, cuja lavoura de soja soma 7.000 hectares, havia dois monitores de campo exclusivos para o monitoramento de pragas. “Uma situação rara para a maioria das propriedades mato-grossenses”, pontua Juliano Manhaguanha, supervisor de projetos da Aprosoja. De forma geral, apesar do receio dos agricultores, não foi identificada infestação da mosca branca durante a rodada. “Há presença, mas em níveis aceitáveis”, informa o supervisor.

A principal orientação dada durante a rodada técnica foi a necessidade de que o produtor adote a prática do manejo integrado de pragas (MIP): monitoramento contínuo da lavoura que identifica a presença de pragas e mensura o grau de prejuízo causado. Do diagnóstico do MIP, é que se percebe se é necessário adotar o controle de pragas, em que momento e com que intensidade.

Com algumas ações simples e baratas, como o uso da observação sistemática e do pano de batida em locais definidos dos talhões da lavoura, o MIP fornece um diagnóstico ao agricultor de todas as ameaças à sanidade da cultura. “É muito importante ter esse diagnóstico para que o produtor não invista errado ou de forma desnecessária”, alerta Manhaguanha. A presença ou a consultoria de um engenheiro agrônomo pode fazer bastante diferença nestes casos.

O resultado foi positivo para os participantes. “Somente a troca de ideias entre os produtores já é frutífera. Mas como tivemos o Dr. Rafael Pitta como mediador, a riqueza de aprendizado é bem maior”, observa o delegado coordenador da Aprosoja em Nova Mutum, César Martins.

A terceira edição da rodada técnica já foi definida pelos participantes: será na primeira quinzena de janeiro de 2017. “Será uma época em que a cultura da soja está no ápice, assim como a pressão da mosca branca. A ideia é vermos como os talhões que visitamos nesta edição e na primeira se comportaram após as orientações de manejo”, afirma o delegado coordenador da Aprosoja. 

Camila Bini

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