A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) finaliza nesta sexta-feira (1º) a primeira rodada de 2016 dos Grupos de Discussão. Inspirada em um modelo argentino, a metodologia dos encontros é focada nos produtores rurais e é o momento em que eles se encontram para compartilhar dúvidas, sugestões e experiências de gestão a respeito de seus negócios.  

 

Desta vez, o diferencial ficou por conta da ida de técnicos da Embrapa e do produtor rural José Eduardo, o Zecão, que falou sobre manejo de solo. Zecão é um case de sucesso pela rotação de culturas e uma produtividade de soja acima da média mato-grossense. 

 

“O Grupo de Discussão hoje é uma ferramenta essencial para os produtores rurais. Era uma demanda deles, bem como são demandados por eles os temas que serão debatidos. Em alguns municípios da Região Norte e Oeste, foi falado sobre manejo de solo. Já mosca branca foi tema dos municípios de Jaciara, Alto Garças e Primavera do Leste. Em Nova Mutum, além da mosca branca, as discussões foram sobre acaro”, explica a analista de projetos, Cristiane Sassagima. 

 

Para o produtor Gilberto Gasparelo, que já participou de três Grupos de Discussão em Alto Garças, a troca de experiências é o principal ponto. “Considero que o grupo é um momento em que o produtor pode interagir com outros, perguntar o que está fazendo, o que está dando certo na propriedade. E, principalmente, saber quais produtos tem sido utilizado e dado certo na lavoura”, afirma.

 

De acordo com o produtor Juliano Boff, da região Sul, a reunião promove um intercâmbio que o dia a dia no campo muitas vezes não permite. “Muitas vezes o vizinho tem uma solução que não teríamos conhecimento sem o grupo. Todos os assuntos discutidos são de extrema importância, principalmente nas pequenas propriedades”. 

 

Novato no encontro, Marcos Adamski afirma que os técnicos são o ponto alto do Grupo. “Eles explicaram, por exemplo, sobre a mosca branca, como tem sido e funcionado em outros locais e o que pode ser feito. Aprendi no Grupo como identificar se ela está morta e, principalmente, como controlar a praga. É um encontro que esclarece muitas dúvidas e esse é o caminho”.