Estradeiro da Aprosoja na BR-174 avalia trechos em péssimos estados
Estradeiro da Aprosoja na BR-174 avalia trechos em péssimos estados
As condições de trafegabilidade da BR-174 foram consideradas “péssimas” em grande parte dos trechos, se comparadas ao mesmo período do ano passado, pelas equipes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e do Movimento Pró-Logística, durante o primeiro Estradeiro de 2018, realizado entre os dias 16 e 20 de abril.
No total, o grupo percorreu cerca de 2.400 quilômetros, começando em Cuiabá e passando por Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Comodoro, Vilhena (RO), Juruena, Aripuanã, Colniza e Brasnorte. Nos municípios de Tangará, Vilhena, Aripuanã e Colniza foram realizados simpósios, que é quando a Aprosoja e o Movimento Pró-Logística fazem apresentações da situação das rodovias estaduais e federais e também ouvem as demandas dos produtores rurais das regiões.
“As estradas estão em péssimas condições. O pessoal tem feito o que pode, mas vimos poucos maquinários dando manutenção na estrada. Alguns trechos estão bem ruins mesmo. Muitos disseram que o problema deste ano foi o excesso de chuva, mas a situação da BR-174 não está nada boa”, avalia o coordenador da Comissão de Logística da Aprosoja, Diogo Rutilli.
De acordo com o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, não apenas os trechos federais preocupam. “De Cuiabá para Tangará nós observamos que a MT-256 merece mais atenção do Governo do Estado. Entre Tangará e Itamaraty do Norte, percebemos que a empresa que havia retirado o pavimento não o recolocou e, com isso, muitos buracos foram formados. De Vilhena a Juína, já na BR-174, são 233 quilômetros e este trecho é 100% não pavimentado. Houve uma piora significativa, com erosões preocupantes. A rodovia precisa ser foco urgentemente”.
Ainda, segundo Ferreira, em 2013, eram gastas seis horas e meia nestes 233 quilômetros. No ano seguinte, após o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) ter contratado a manutenção e encascalhamento, foram gastas duas horas e meia. Neste ano, a equipe do Estradeiro levou quatro horas e meia para atravessá-lo. “Esse trecho precisa de uma atenção muito grande. Isso está limitando o tráfego de caminhões”, completa.
Outros problemas identificados durante o Estradeiro foram nos trechos entre Juína e Castanheira (40 quilômetros), Castanheira a Juruena (102 quilômetros) e Juruena a Tutilândia (65 quilômetros). “Neste primeiro (MT-170) urge a transferência para o Governo Federal, já que a situação está pior que a do ano passado. No segundo, há vários defeitos na rodovia que merecem atenção. O terceiro, por sua vez, demonstrou estar ainda pior em relação aos dois anteriores”, alerta o diretor.
Audiência pública – Além da realização de simpósios, a equipe do Estradeiro esteve presente em uma audiência pública, em Juruena, que tratou exatamente de logística. O evento foi promovido pela Frente Parlamentar do Noroeste (FPN), que agrega prefeitos e câmaras municipais de Juína, Colniza, Aripuanã, Brasnorte, Castanheira, Cotriguaçu e Juruena.
“Eventos como esse são fundamentais e ficamos felizes em termos participado. Lamentamos a situação dessas rodovias porque o que se pode perceber é que as terras têm teor de argila alto, são terras férteis, e a logística bem aplicada com certeza traria um avanço imenso em termos de produtividade, produção e rentabilidade para os produtores locais. Por tabela, as arrecadações do próprio Estado e dos municípios aumentariam. Esperamos que em um futuro breve essas realidades sejam diferentes”, afirma Diogo Rutilli.
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