Estradeiro Bioceânico da Aprosoja-MT chega aos portos chilenos de Antofagasta e Iquique

Estradeiro Bioceânico da Aprosoja-MT chega aos portos chilenos de Antofagasta e Iquique

Agricultores ligados à Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) conheceram portos de exportações no Chile no último final de semana. A visita ocorreu por iniciativa da entidade chamada “Estradeiro Bioceânico”, que percorre a rota bioceânica que visa ligar o oceano Atlântico ao Pacífico. O objetivo é avaliar oportunidades da rota para Mato Grosso.

No sábado (19), os agricultores conheceram dois portos na cidade de Antofagasta, no Chile, ligada ao Oceano Pacífico. O primeiro porto visitado é organizado por uma administração pública em parceria com a privada. Já o segundo é totalmente de iniciativa privada.

Segundo o coordenador da comissão de logística da Aprosoja-MT, Diego Dall Asta, nos portos de Antofagasta predominam a exportação de cobre e de lítio. Ao se deparar com a infraestrutura dos locais para manter todos os produtos de exportação, Diego viu uma possível abertura no mercado para negociar com os chilenos.

“Tivemos conhecimento desses portos, vimos a infraestrutura deles, eles têm espaço disponível para a gente negociar e exportar produtos nossos, produtos que consigamos trazer para cá num valor que chegue acessível”, disse.

ROTA BIOCEÂNICA

Desde o dia 12 de agosto, os produtores rurais percorrem a “Rota Bioceânica”, ao saírem de Cuiabá para visitarem outros quatro países sul-americanos além do Brasil, são eles: Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai. Para Diego, a rota é de suma importância para o desenvolvimento dos produtores de Mato Grosso.

“É importante para a Aprosoja-MT realizar esse Estradeiro, que liga o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, para conhecer a rota, verificar os pontos positivos e os pontos negativos e poder fazer a cobrança, para que essas obras possam andar e assim a gente melhore a vida do produtor mato-grossense”, disse.

O primeiro país a ser visitado foi o Paraguai, onde os produtores passaram pela cidade de Lomo Plata, local em que visitaram os Menonitas, conhecidos pela grande produção de Charque Paraguaio (carne). Também no Paraguai, os agricultores passaram por Carmelo Peralta, Marechal Estigarribia e Pozo Hondo.

Na sequência, os produtores rurais saíram do país chegando em Salta, na Argentina, onde visitaram autoridades locais e um parque industrial. De Salta, eles passaram por Guemes, Perico e San Salvador de Jujuy, onde chegaram na região de fronteira de Paso de Jama, no Chile. De Peso de Jama, eles foram para San Pedro de Atacama e Calama.

Logo após, os agricultores concluíram a primeira parte do Estradeiro, chegando ao Porto de Antofagasta, no Chile. Do local, eles foram para a região Norte do Chile, até Iquique, onde também há um porto de exportação. A ligação da produção brasileira a esses dois portos é importante para reduzir o tempo de viagem para os países asiáticos que compram do Brasil.

De Iquique, os produtores rurais retornam para Mato Grosso, passando pela Bolívia e entrando em Mato Grosso pela região de Cáceres.

Segundo o analista de logística da Comissão de Relacionamento e Logística da Aprosoja-MT, Orlando Vila, até o momento foram percorridos 3.600 quilômetros de um total de 5.855 km.

Natalia Gomes

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