Sustentabilidade

Dados do Circuito Tecnológico traçam perfil do sojicultor em MT

Dados do Circuito Tecnológico traçam perfil do sojicultor em MT

Ascom Aprosoja

Em outubro do ano passado, quando os agricultores estavam iniciando a safra de soja 2015/16, várias equipes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) foram a campo para levantar dados sobre o ciclo agrícola que começava. Esse diagnóstico é o objetivo central do Circuito Tecnológico – Etapa Soja, cujos resultados estão sendo divulgados pela associação agora, entre os meses de janeiro e fevereiro. 
 
A partir da análise dos números, é possível identificar as práticas agrícolas mais comuns em Mato Grosso e alguns traços de perfil do produtor rural. Como a preferência pelas cultivares de ciclo médio, adotadas por 67% dos agricultores entrevistados, e o fato de que 50,9% dependem de tradings para armazenar a soja – embora 33,5% dos agricultores ouvidos durante o Circuito Tecnológico tenham estrutura própria para tal. 
 
Já o financiamento da safra é feito com recursos próprios por 40,5% dos entrevistados. A lavoura é desenvolvida em propriedade própria por 73% dos agricultores, sendo arrendada por 27% da amostra. 
 
De acordo com o gerente de Planejamento da Aprosoja, Cid Sanches, esses dados são essenciais para o trabalho da entidade. “Temos agora um perfil mais detalhado do nosso agricultor, o que nos facilita a identificar que tipo de ações são necessárias por parte da associação”, observa.
 
Um exemplo é a adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP), uma técnica agronômica que 48,1% dos entrevistados durante o Circuito Tecnológico planejavam adotar já no ciclo 2015/16. “Focamos a etapa prática do Simpósio Agroestratégico já no ano passado na divulgação e treinamento do MIP e também do Manejo Integrado de Doenças (MID), pois era uma demanda do produtor”, pontua o Diretor Técnico, Nery Ribas. 
 
O MIP requer que o agricultor monitore sua propriedade periodicamente para identificar se as populações de pragas estão aumentando em níveis que podem significar prejuízo econômico para a propriedade. Além de otimizar o controle fitossanitário da lavoura, o MIP pode levar a uma redução no potencial de resistência dos produtos utilizados, tornando-se economicamente viável. 
 
Outra informação importante trazida pelo Circuito Tecnológico foi o levantamento da incidência de problemas sanitários nas lavouras de soja. Oitenta por cento dos entrevistados afirmaram ter problemas com nematoides, e a ferrugem asiática segue na liderança das doenças: o índice de ocorrência foi de 40,1%.
 
Entre as pragas, destaque para a lagarta falsa-medideira, citada por 22,3% dos produtores. Em seguida, estão a helicoverpa (16,5%) e o percevejo (15,2%). 
Esses e outros dados sobre a cultura da soja mato-grossense no ciclo 2015/16 serão divulgados pela Aprosoja em vários eventos técnicos dos quais a associação participa entre janeiro e fevereiro. Entre eles, estão dias de campo com a Fundação MT, Agrodinâmica, Show Safra, entre outros. O relatório também será apresentado para diretores e delegados da entidade. 
 
Saiba mais
 
O Circuito Tecnológico – Etapa Soja chegou a sua sétima edição em 2015, quando 56 municípios foram visitados. Com mais de 23 mil km rodados, a expedição foi realizada de 19 a 30 de outubro e visitou 462 fazendas. Além da aplicação de questionários, foram coletadas 424 amostras de sementes e 116 amostras de fertilizantes para análise laboratorial. Pela metodologia adotada, uma propriedade rural era visitada de forma aleatória a cada 10 km. 
 
Na edição de 2015, os parceiros foram Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Agroconsult, Embrapa, Unemat, Anhanguera, UFMT e IFMT. 

Isa Sousa

Assessoria de Comunicação
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