Sustentabilidade

Área de refúgio é adotada pela maior parte dos produtores de milho

Área de refúgio é adotada pela maior parte dos produtores de milho

A recomendação da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e Embrapa da necessidade de adoção da área de refúgio nas lavouras de milho está sendo adotada na safra 2014/2015 pela maior parte dos produtores rurais que estão sendo visitados pelas equipes do Circuito Tecnológico – Etapa Milho.

A chamada área de refúgio consiste em uma porcentagem do total da área da lavoura, plantada sem nenhuma tecnologia Bt. Ela, que não é obrigatória, é essencial para evitar que as lagartas se tornem resistentes às tecnologias do cultivar, o que poderia provocar infestações da praga e dificultar o controle.

Segundo o especialista em controle de pragas da Embrapa, Rafael Pitta, no ano passado, durante a realização da primeira edição do Circuito Tecnológico - Etapa Milho, muitos produtores não estavam utilizando a área de refúgio. O que, de acordo com ele, já resultou no aumento do número de tecnologias que estão perdendo a eficiência no combate a lagarta de cartucho.

“Nós estamos percebendo durante as visitas às propriedades que algumas tecnologias que funcionavam na safra passada esse ano começaram a sofrer aumento nos danos pela lagarta. Ou seja, já estamos caminhando para ter falha dessas tecnologias. Por enquanto, está controlado, mas é preciso que seja adotado a área de refúgio para barrar isso”, disse Pitta.

O agricultor Gilberto Gasparelo, de Alto Garças, disse que está é a primeira vez que está adotando a área de refúgio. “Vou continuar aderindo a essa recomendação. Já pude perceber na lavoura que algumas tecnologias “quebraram” e é aí que percebemos a importância de ajudar a manter as tecnologias que nos auxiliam", contou.

“A não adoção vai favorecer a quebra de resistência do milho Bt e precisamos retardar isso. Este ano nós estamos percebendo que os produtores já começaram a sentir as consequências negativas que a ausência da área de refúgio pode causar em suas lavouras e começaram a atender as nossas recomendações”, completou o supervisor de projetos da Aprosoja, Murilo Alves. 

Camila Bini

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