Os produtores rurais de Mato Grosso têm percebido, ao longo dos anos, que os produtos disponíveis no mercado para controle da ferrugem asiática estão perdendo a eficiência. Para mostrar o efeito disso nas lavouras de soja, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) realizou nesta segunda (06) uma visita dirigida sobre ferrugem na soja no Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) Parecis, em Campo Novo do Parecis.

O CAD Parecis é uma parceria entre Aprosoja e Fundação Mato Grosso que tem o objetivo de desenvolver pesquisas com foco no manejo do sistema produtivo da soja em solos arenosos.

“Durante esta visita dirigida, vimos os protocolos sobre controle de ferrugem e doenças da soja. Os associados da Aprosoja puderam ver que no CAD está bem evidenciado o problema de desenvolvimento da resistência do fungo da ferrugem e a dificuldade de controle com os principais fungicidas do mercado”, disse Roseli Giachini, 2ª vice-presidente Norte da Aprosoja e coordenadora da Comissão de Defesa Agrícola.

Cerca de 30 produtores rurais e consultores participaram do evento, que foi avaliado como positivo pela diretora. Durante a visita, os produtores puderam ver quais foram os fungicidas utilizados em cada parcela e como a doença foi controlada, além dos manejos utilizados.

“O desafio é entender que existe o problema e que o fungicida é uma das principais ferramentas, mas não é a única”, ressaltou Roseli.

Enquanto novas moléculas não são lançadas, segundo a diretora, o agricultor deve manejar de forma correta os produtos disponíveis, semear variedades com resistência à doença, eliminar a soja guaxa, respeitar as datas de semeadura e colheita, respeitar o período de Vazio Sanitário, por exemplo.

“Entendemos que não tem produto 100% eficaz e isso pode ser um grande problema para o sistema de produção de Mato Grosso e do Brasil”, finalizou a diretora.

Para o diretor financeiro da Aprosoja, Antônio Galvan, o trabalho no CAD Parecis é extremamente importante. “Estas iniciativas são fundamentais porque trazem respostas para os associados sobre a eficiência dos produtos que estão no mercado. É desta forma que a associação precisa trabalhar para a agricultura de Mato Grosso”, afirmou.