Sustentabilidade

Aprosoja quer ampliar pesquisa sobre qualidade intrínseca dos grãos de soja

Aprosoja quer ampliar pesquisa sobre qualidade intrínseca dos grãos de soja

Ascom Aprosoja

Após 10 anos de pesquisa sobre a qualidade dos grãos de soja em Mato Grosso, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), estuda ampliar o projeto. Nesta quarta-feira (23), durante a reunião da Comissão de Pesquisa e Gestão da Produção e Propriedades, duas propostas foram apresentadas. 
 
Um dos principais resultados colhidos – e apresentados neste ano – foi sobre o alto teor de proteína e do óleo da soja. De acordo com o estudo, a variação de teor de proteína bruta nestes 10 anos variou entre 31% e 45% e o teor médio de óleo foi de 21%. 
 
Levando-se em conta especificamente a última safra, Mato Grosso ficou em terceiro lugar nos índices de teor de proteína e óleo, respectivamente com 37,5% e 20,1%. Com os índices, o estado ficou atrás apenas do Piauí e do Tocantins. 
 
Agora, após resultados satisfatórios, o objetivo é ter subprojetos dentro do macroprojeto de pesquisa. “Podemos dizer que as propostas apresentadas se subdividem em dois grandes grupos: uma será especificamente sobre teor de óleo e outra sobre nutrição animal. Queremos criar mais patamares para termos cada vez mais consistência nos resultados. Além disso, está sendo discutido agora a possibilidade de estender esse projeto de pesquisa para milho, avaliar a qualidade intrínseca também dessa cultura”, explica a gerente de Pesquisa e Gestão da Produção e Propriedades, Cristiane Sassagima. 
 
Para o diretor técnico da Aprosoja, Nery Ribas, a pesquisa é fundamental para avanços na classificação dos grãos no Brasil. “A soja é o vegetal com maior teor de proteína e em toda a região Centro Oeste, este teor é ainda maior. A partir da pesquisa, podemos comprovar isso e, futuramente, receber um prêmio pelo teor de proteína da nossa soja”, explica. 
 
Outros temas – Também durante a reunião da Comissão de Pesquisa e Gestão da Produção e Propriedades foram apresentadas duas teses, uma de mestrado e outra de doutorado, financiadas pela Aprosoja por meio do Agrocientista. O programa foi criado em 2011 com o objetivo de auxiliar a pesquisa cientifica. 
 
A primeira foi apresentada por Dielle Carmo de Carvalho, sobre “Zoneamento climático do estado do MT para produção de sementes de cultivares precoces de soja”. E a segunda por Ana Regina Lucena Hoffmann, sobre “Bioatividade de Anonáceas sobre Helicoverpa Armigera e Trichorgramma Pretiosum Riley”. 
 
Além do Agrocientista, dados colhidos durante o Circuito Tecnológico Etapa Soja deste ano foram apresentados aos participantes da Comissão, pela analista de projetos Cristiani Bernini. 
 
Neste ano, a área total percorrida foi de 27, 5 mil quilômetros, sendo 68 municípios visitados e 474 questionários aplicados. A safra de soja 2016/17 esperada pelos produtores rurais entrevistados é de 59 sacas por hectare, em média. Outros dados, como qualidade das sementes e dos insumos, serão divulgados até o final deste ano. 
 

Isa Sousa

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