O combate e controle de pragas nas lavouras de soja e milho foram apresentadas aos produtores rurais da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT) que participaram, nesta quarta-feira (14.09), do treinamento técnico de Bioinsumos, promovido pela comissão de Defesa Agrícola da entidade.

“Nosso objetivo com este treinamento é disponibilizar conhecimento para que o produtor conheça as técnicas e práticas que possam melhorar a sua produção, mostrando o que temos de eficiente para o total controle das pragas usando produtos biológicos”, explicou da gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, Jerusa Rech.

No treinamento ministrado pela pesquisadora Dra° Rose Monnrat, e o pesquisador Dr°, Magno Rodrigues, da Empresa Solubio, foi detalhado aos participantes sobre o controle e desenvolvimento à base de bactérias que são  para atuar no combate às doenças e pragas na lavoura.

De acordo com as explicações da pesquisadora, o perfil da agricultura no Brasil é distinto quando comparado com qualquer outro lugar do mundo. Em outros países existe uma janela natural do vazio sanitário, mas no Brasil não temos essa realidade, o que favorece o surgimento de doenças e pragas.

“A gente tem um clima quente, constantemente quente, podemos fazer a plantação sucessiva de soja, milho, algodão e etc. Essa não é a realidade de outros países que tem um vazio sanitário natural, um período que não pode ser cultivado nada, enquanto no Brasil não é assim. Como não temos este vazio sanitário natural, acabamos tendo problemas com pragas, que migra de plantação para plantação, gerando um problema muito sério, grave que precisa ser combatido com as técnicas desenvolvidas pelas pesquisas científicas”, declarou a Dra° Rose Monnrat.

O produtor rural associado da Aprosoja-MT, Equiberto Adelar Gaber, que planta soja e milho no município de Feliz Natal, a 518 km de Cuiabá, destacou que o treino ofertado pela entidade vai contribuir para ajudar a resolver o problema de pragas e doenças na plantação.

“Este treinamento vem para somar, o conhecimento é muito valioso para o produtor que pode aprender as novas práticas desenvolvidas pelas pesquisas, principalmente as biológicas que chega para somar”, disse o produtor.

No treinamento, foi destacado que as bactérias Bacillus são as mais usadas como fonte de ativos para o controle de pragas. As Bacillus são eficientes, pois é totalmente seguro à saúde humana, ao meio ambiente, além do bom custo benefício, já que pode ser produzida em larga escala.

O controle biológico de pragas por meio de insumos biológicos ou bioinsumos é reconhecido, desde 2020, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que lançou o Programa Nacional, valorizando ainda mais esta prática, com forma de difundir as tecnologias.