Aprosoja-MT apoia estudo sobre agricultura irrigada em MT

Aprosoja-MT apoia estudo sobre agricultura irrigada em MT
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) participou de uma cerimônia para assinatura de um termo de cooperação entre o Governo do Estado e Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes (Aprofir) para a realização de um estudo sobre o desenvolvimento da agricultura irrigada.
 
A iniciativa também tem o apoio da Aprosoja-MT.
 
O diretor-executivo da Aprosoja-MT, Wellington Andrade, representou a entidade no evento, que foi realizado no Palácio Paiaguás. Após a assinatura do termo, os pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, que realizam o estudo, apresentaram mais detalhes para entidades da agropecuária, durante reunião realizada na sede da Aprosoja-MT.
 
“A gente entende de sua importância a expansão da agricultura irrigada em Mato Grosso. Se a gente fosse adotar, por exemplo, a metodologia da Universidade de Nebraska em relação ao monitoramento de vazão do lençol freático, nós teríamos potencial para ampliar a agricultura irrigada para mais de 4 milhões de hectares em MT”, explica Andrade.
 
Durante entrevista, o governador Mauro Mendes destacou que no estado já existem mais de 170 mil hectares de agricultura irrigada, sendo que esses locais têm se destacado com altos níveis de produção e produtividade. Além disso, a irrigação também garante mais segurança para a segunda safra, além de possibilitar uma terceira safra.
 
“Quem caminhou com a irrigação tem tido bons resultados em termos de aumento de produtividade, de segurança na produção de duas safras, pois ele controla o início da produção. No momento mais delicado, quando o grão começa a exigir mais água, ele pode fornecer através da irrigação e isso garante melhores resultados”, disse Mendes.
 
Já o diretor-financeiro da Aprofir, Hugo Garcia, destacou que o trabalho também tem parceria com a Universidade do Nebraska, Estados Unidos, que é um dos locais que mais fazem uso de tecnologias de irrigação. Ainda segundo Hugo, o estudo vai subsidiar a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) com informações para facilitar a emissão de outorgas para utilização da água.
 
“Nós temos um grande problema hoje de segurança da outorga. Nós não temos dados, não só a Sema, mas praticamente o Brasil inteiro não tem dados do que tem de água disponível. Através desse trabalho, o estado vai ter segurança de poder nos outorgar e os agricultores também vão ter segurança de poder comprar pivôs”, enfatiza Garcia.
 
De acordo com o professor Everardo Mantovani, da Universidade Federal de Viçosa, Mato Grosso é um dos estados com mais potencial para crescimento da agricultura irrigada. Porém, é preciso levantar informações para tranquilizar a sociedade em geral sobre a utilização sustentável desse recurso.
 
Com um olhar voltado para a sustentabilidade hídrica, o estudo busca coletar informações, organizar dados e trazer conhecimento que tranquilize a sociedade, investidores e produtores, mostrando que é possível crescer de forma segura e responsável.
 
“Quando você não tem informação, entra o achismo emocional, que dificulta todos os processos sem nenhum motivo verdadeiro. Então, esse é o objetivo principal, trazer conhecimento de tal maneira que a gente possa tranquilizar a sociedade, os investidores, os produtores, que nós temos condição de crescer de forma segura”, afirma Everardo. 

Daniel Moreira

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