Aprosoja discute insegurança no campo com Secretaria de Segurança Pública
Aprosoja discute insegurança no campo com Secretaria de Segurança Pública
A segurança na área rural foi discutida em reunião nesta quinta (17) na Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP). O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Endrigo Dalcin, ressalta a necessidade de coibir roubos e furtos de defensivos agrícolas e gado no interior do Estado.
“A cada safra, o produtor rural investe muito dinheiro e os defensivos são parte importante deste custo. E todo ano há roubos e furtos em propriedades rurais realizados por quadrilhas especializadas. Precisamos discutir alternativas para coibir os crimes”, enfatiza.
Francisco Manzi, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), alertou que os roubos de gado são, além de uma questão de segurança pública, também de sanidade, pois ocorre abate sem controle sanitário.
Para Alexandre Schenkel, vice-coordenador da comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja e presidente eleito da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), a questão da segurança pública não é simples de ser solucionada. “Precisamos, sim, de policiamento ostensivo. Mas, além disso, é preciso inteligência para encontrar as quadrilhas e encerrar os crimes”, afirma.
Já o diretor executivo da Aprosoja, Wellington Andrade, lembrou que há duas pontas no esquema – a quadrilha e o receptador. “Também é preciso encontrar os receptadores porque, no caso dos defensivos, são produtos específicos para fins específicos”, diz.
O secretário de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas, reforçou a importância de algumas medidas, como integração da comunicação entre as autoridades de segurança pública e os produtores rurais e identificação dos produtos e rebanhos, para melhor forma de rastreabilidade. “Precisamos ter uma atuação real e, para isso, são necessárias ferramentas para inibir os crimes”, afirma.
Para o diretor geral da Polícia Civil, Rogério Modelli, algumas medidas implantadas pelos produtores rurais já ajudariam a polícia a verificar a origem de produtos interceptados em uma averiguação. “Marcar a embalagem com a logomarca da fazenda, identificada por meio cadastral de cada proprietário, ou usar lacre, inibiria receptadores na aquisição de produtos objeto de roubo ou furto”, avalia.
Para o Coronel Gley Alves, comandante geral da PM, o patrulhamento rural é uma forma de inibir a ação dos bandidos. “Porém, precisamos melhorar as informações que recebemos do produtor, entender os períodos de maior vulnerabilidade para atuar mais fortemente”, explica. Outra sugestão é a participação das representatividades do agro nos conselhos comunitários municipais para estreitar relações com o policiamento local.
O secretário estadual de Segurança Pública, Rogers Jarbas, confirmou presença na assembleia geral da Aprosoja, no dia 8 de dezembro, às 10 horas, para uma conversa e construção de proposições com os associados. A reunião ocorre no hotel Delmond, em Cuiabá.
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