Sustentabilidade

Agricultor não deve dessecar a soja, alerta Tadashi

Agricultor não deve dessecar a soja, alerta Tadashi

Os produtores rurais de Mato Grosso já colheram quase 10% da área total de soja no Estado. Nesta fase, quando em muitas lavouras os grãos estão em fase de enchimento, são importantes cuidados como a aplicação de fungicidas para combater doenças. O PhD em Fitopatologia, José Tadashi, recomenda ainda que os agricultores não dessequem a soja. “A soja está contaminada com os fungos de fim de ciclo e poderá deteriorar os grãos”, explica.

Tadashi ressalta ainda que é preciso deixar a soja madurar para que, assim, ela possa se tornar mais resistente às intempéries. Isso porque as previsões são de chuva para os próximos dias no Estado. Em relação aos produtos que combatem as doenças da soja, o especialista orienta para este período de umidade que os agricultores utilizem fungicidas de contato nas duas últimas aplicações para ferrugem asiática.

Porém, não é somente a ferrugem asiática que precisa de atenção dos produtores rurais. Produtores da região Norte comentaram com o especialista sobre a incidência severa da mancha alvo.  “Na verdade, o fungo é nativo nas terras de Mato Grosso, está aqui muito antes da soja. Dependendo da prática adotada nas lavouras, há muita condição dele causar desfolha e podridão de raiz”, alerta Tadashi.

Em relação à ferrugem asiática, o fitopatologista reforça que as lavouras que foram semeadas tardiamente devem ter atenção redobrada. “Daqui para frente, começando a chover, o risco é muito grande para a disseminação da doença”, diz. A principal orientação é não utilizar continuamente produtos com o mesmo princípio ativo.

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) está realizando uma campanha de conscientização para que os agricultores apliquem fungicidas com modos de ação diferentes e Tadashi é o garoto-propaganda. “É preciso ter cuidado no uso destes fungicidas, porque eles agem no fungo de forma diferenciada. Com as mutações na natureza, é possível que haja indivíduos que não sejam afetados pelo produto ou sejam pouco afetados”, explica. 

Priscilla Vilela

Assessoria de Comunicação
Telefone: 65 3644-4215
Email: [email protected]


Notícias