Comercializações internas de milho estão mais caras em Mato Grosso
Comercializações internas de milho estão mais caras em Mato Grosso
Comercialização interna (pessoa física) de milho está mais cara em Mato Grosso. Isso porque, o Governo do Estado ainda não regulamentou, por meio de lei, a prorrogação do Convênio 100/97, anunciada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em abril deste ano. O Convênio em questão, trata da redução da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide nas saídas interestaduais dos insumos agrícolas, como defensivos e fertilizantes, e isenção deste imposto quando ocorre operações internas.
O milho é considerado insumo quando destinado à alimentação animal ou ao emprego na fabricação de ração animal. Via de regra, hoje o produtor que vender milho para esta finalidade, como, por exemplo, para um pecuarista dentro de Mato Grosso, pagará alíquota de 17% de ICMS, isto tendo em vista que a prorrogação do Convênio 100/97 ainda não foi regulamentada pelo Estado.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) orienta os associados não realizarem negociações internas até que a situação seja regularizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso, com a regulamentação da prorrogação do referido convênio.
De acordo com presidente da entidade, Antonio Galvan, a situação é preocupante e prejudicial para o Estado. “É muito preocupante, porque o Governo deveria ter encaminhado um projeto de lei para Assembleia Legislativa para reconhecer essa renovação de um ano do Convênio 100/97, e garantir a isenção do ICMS nas transações internas. Então o produtor que vender milho para um pecuarista, por exemplo, não tem mais essa isenção dentro do nosso Estado. Nossa orientação é que os produtores de milho parem de comercializar internamente. Com certeza prejudica muito os produtores mato-grossenses”, explicou Galvan.
Ainda segundo a Aprosoja-MT, o Governo de Mato Grosso não informou aos produtores que a prorrogação do Convênio 100/97 ainda não está regulamentada e, caso as operações internas ocorram sem o recolhimento do ICMS, como de costume, o produtor rural poderá ser multado. “Além de não regulamentarem esse benefício que os produtores possuem, não informaram que isso ainda não foi regularizado. Isso gera um risco de o produtor, por estar habituado a não ter que recolher o ICMS, fazer a negociação estadual sem o recolhimento do imposto e ser multado. Importante que o produtor fique atento para que, enquanto essa lei não esteja aprovada, que ele não faça comercialização interna, e se fizer, que saiba que terá que pagar 17% de ICMS”, explicou o presidente da Aprosoja Mato Grosso.
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